terça-feira, 27 de outubro de 2009

Comemorando o primeiro ano!

Em dezembro o Sextas no Jardim completa 1 ano de atividade e para comemorar faremos no dia 11 o Festival SnJ com as principais atrações deste ano. Aguardem!

Jazz, pop e música brasileira.

O baterista Di Steffano e seu trio apresentaram no último dia 23 um repertório eclético com sonoridade própria.



terça-feira, 20 de outubro de 2009

Breve Resumo da História do Jazz - parte 1.

Com a proximidade do primeiro aniversário do projeto dei início as comemorações convidando pessoas apaixonadas por música para escrever no blog. Começamos bem com um texto muito bacana da cantora Andrea Dutra. Dando continuidade segue um texto sobre a história jazz, escrito por Isidoro Kutno guitarrista do grupo Jazz 3/4 e professor de música. Pelo tamanho vou dividi-lo em duas partes. Apreciem!


BREVE RESUMO DA HISTÓRIA DO JAZZ - parte 1.
#
O mundo do Jazz abriga diversas manifestações - o Jazz de Nova Orleans, o Free Jazz, o Swing, o Ragtime etc. Nenhuma outra forma artística se ramificou por tantas direções. Praticamente de dez em dez anos surge uma nova expressão jazzística, um novo caminho a seguir. o Bebop, em 1950, o Cool Jazz e o Bop, em 1959, passando pelo Fusion (conhecido numa certa época como Jazz-Rock), passando pelo free Jazz e chegando ao Jazz Avant Gard. O certo mesmo é que o Jazz é uma música dinâmica que se modifica refletindo as mudanças da sociedade, contemporânea.

DO RAGTIME AO JAZZ CONTEMPORÂNEO

BLUES
Expressão maior da música negra americana, Talvez seja essa a forma musical mais importante do Jazz. Derivada da música religiosa, simplicidade harmônica bem característica do folclore, é a base da raiz do jazz. Apesar de ter apenas doze compassos, o Blues oferece possibilidades ilimitadas de expressão, improviso e criatividade.
#
RAGTIME
Música para piano fortemente sincopada que surgiu no Século XIX, precursora do idioma jazzístico. São os temas criados originalmente para execução ao piano, acompanhando danças alegres e populares. Aos poucos, alguns temas de Ragtime passaram para o repertório dos conjuntos de Jazz.
#
MARCHAS
O Jazz de Nova Orleans sempre foi associado à musica de rua, alegre e descontraída. Muitas melodias típicas de marchas, executadas por bandas de metais, foram assimiladas pelos jazzistas.
#
SPIRITUALS
Música religiosa criada no Século XIX, a principal origem do blues.
#
NEW ORLEANS
Primeiro estilo do jazz. Criado pelas bandas pioneiras de New Orleans, sua música polifônica, improvisada simultaneamente a três vozes (trompete ou cometa, trombone e clarinete) na linha-de-frente. Geralmente usava-se uma tábua de lavar roupa de madeira (wash board) como instrumento de percussão, devido ao baixo preço e mobilidade.
#
DIXIELAND
Derivação do estilo New Orleans desenvolvida por músicos brancos de Nova York nos anos 20.
#
CHICAGO
Outra derivação do New Orleans, com o acréscimo do saxofone na linha-de-frente.
#
STRIDE
Estilo de piano fortemente rítmico, com acentuada ação da mão esquerda, desenvolvido nos anos 20, no Harlem
#
SWING
Estilo que floresceu nos anos 30, de grande apelo rítmico. Principais figuras: Benny Goodman, Count Basie, Chick Webb, Coleman Hawkins, Lester Young, Lionel Hampton, Duke Ellington, Glenn Miller, Harry James.
#
MAINSTREAM
Mistura de elementos da era pré-swing e do swing, mesclados a inovações emprestadas a outras formas musicais.
#
BOOGIE WOOGIE
Forma de blues sincopada, de grande força rítmica pela ação incessante da mão esquerda, popular nos anos 30 e 40.
#
BEBOP
Estilo surgido nos anos 40, deu início à era moderna do jazz. Revolucionou todos os conceitos e tempos de improvisação, melodia, harmonia, rítmo, composição, sonoridades e timbres. Criado por Dizzy Gillespie, Charlie Parker, Thelonious Monk, Kenny Clarke e outros, teve milhares de seguidores, entre eles Bud Powell, Fats Navarro, J.J. Johnson, Miles Davis, Dexter Gordon, Cecil Payne, Sonny Stitt.
#
COOL JAZZ
Caracterizado pela maneira moderada de tocar sem vibrato, trouxe uma nova estética através de coloridos tonais extraídos de instrumentação própria, que incluía tuba e tromba. Principais músicos: Miles Davis, Gil Evans, Gerry Mulligan, John Lewis e Lee Konitz.
#
WEST COAST JAZZ
Derivação do cool jazz, desenvolvida na Califórnia por músicos brancos egressos das orquestras de Stan Kenton e Woody Herman. Principais nomes: Shorty Rogers, Jimmy Giuffre, Shelly Manne e Chico Hamilton.
Isidoro Kutno.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Eduardo Guedes Trio no dia 16.

Nesta apresentação o guitarrista será acompanhado por Fabio Cavalieri (contrabaixo) e Paulo Diniz (bateria). No repertório temas hard-bop como de Wayne Shorter, Herbie Hancock e John Coltrane, dentre outros. Estão incluídas releituras de clássicos da Música Popular Brasileira. Mais sobre o trabalho do Eduardo em www.eduardoguedes.net . Na barra lateral você vê o vídeo da última apresentação do trio no projeto.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

1+1 se apresenta hoje!

Estreando no projeto o duo formado por Christiano Galvão e Alexandre Cavallo conta com as participações de Zeppa na guitarra e Sérgio Galvão no sax. No repertório músicas do novo Cd.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A música bioquímica do Hamilton de Holanda Quinteto.

Lembro perfeitamente do dia em que, ouvindo rádio, pensei: “Perdi! Nunca mais vou ouvir música daquele jeito”. Um músico passa tantas horas com a música, tentando se misturar àquela massa de sons e tempos e alturas e durações e silêncios e emoções, que dificilmente vai conseguir ouvir música como um não-músico. A intimidade muda os melhores relacionamentos, pra melhor ou pior. Com a música não é diferente.

A intimidade faz com que vc nunca mais seja capaz de ser tocado por uma música diferente daquela que vc considera boa. A intimidade faz a gente perder a emoção fácil, o encantamento do início da paixão. A proximidade faz a gente ver defeitos. Nunca mais ouvir uma balada açucarada e se emocionar, nunca mais chorar com uma canção boba que toca no rádio e desarma a gente. Adquirimos conceitos demais, julgamentos, imagens, um monte de besteiras e de coisas sérias. Viramos uns guardiões chatos da música que achamos que é a música boa. Achamos, pretensiosamente, que agora sabemos o que é música, que estamos do lado de lá. Nunca mais o gozo múltiplo regido por solos hiper técnicos, por malabarismos musicais e notas jogadas fora pra se varrer do palco ao fim do espetáculo, notas em vão.

Mas a intimidade também faz com que a música vire um delicioso prato exótico, colorido, perfumado, cheio de texturas e temperaturas diferentes, dado aos paladares treinados para o detalhe, para os jardins secretos que a música esconde. Jardim de delícias íntimas, intransmissíveis a não ser por música. É o nosso segredo, nosso prazer solitário, nossa extra-sístole, nossa micro-circulação, nossa linfa.

A musica do Hamilton de Holanda é uma música bioquímica. Ela se mistura aos humores do ouvido, entra pelos sete buracos da cabeça, pelos sete chacras, penetra os confins do cérebro e dispara circulação adentro como um tiro entorpecente, uma poção poderosa que toma e eleva todo o corpo em poucos minutos. Dela brotam todos os velhos choros e risos. Nela moram todos os encantos do descortinamento da beleza. Os olhos pedem pra fechar, mas também querem ver aquele gigante mitológico que é o Hamilton, empunhando sua arma hipnótica, com o qual laça e arremata a plateia embevecida, incrédula e apaixonada. Bocas abertas, olhos fechados, casais abraçados, meninos calados. Todos se curvam ante a postura entregue, sem afetação, do HH Quinteto. Músicos que tocam música, esporte de equipe, frescobol. Não há adversários, só comparsas, correligionários. Todos jogam pra música ganhar. Dos olhos brotam lágrimas, o coração palpita. Podemos sorrir outra vez.

A música do Hamilton de Holanda Quinteto lava a minha alma. A minha e a de todos nós, que amamos a música e todo o seu universo de maravilhas e que, humildemente, suplicamos que ela nos aceite em seu colo generoso e nos embale a vida pra sempre.
Andrea Dutra
cantora

Fotos da apresentação do Timbatu







quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Timbatu volta a se apresentar nesta sexta.



O trio formado por Arthur Dutra, Rodrigo Serra e Bruno Aguilar apresenta seu repertório de músicas autorais, MPB e standards de jazz sempre com uma sonoridade própria. O vídeo da Trama sobre as particularidades do vibrafone continua na barra lateral!

Duo de música brasileira!


Rui Alvim e Gabriel Geszti abriram a noite do dia 25 com o choro Ingênuo de Pixinguinha e seguiram com um repertório que incluiu o jazz.